domingo, 3 de abril de 2011

Amargura de um cão

Quando eu nasci percebi que não era tão importante neste mundo, sempre via alhures de coisas diferentes de mim. Era Tudo sempre muito corrido, e ainda tinha aqueles negócios dos quais eram muito grandes e andavam rápido, a maioria deles tentavam me matar. Fiquei com minha mãe até aprender a me cuidar, depois nos separamos e sozinho tive que me virar.
As pessoas parecem não me ver na rua , com muita sede e precisando de algo para comer. A noite para mim era solitária não sabia bem o que fazer para viver, elas eram frias e eu não tinha onde me esconder, quando conseguia um lugar para aconchegar alguém de lá ia me tirar. Dizem que somos irracionais e que não temos forma de nos expressar, mais sempre via nos olhos dos que me acompanhavam uma grande tristeza por não terem um lar.
Tudo que eu queria era uma boa vida, uma sombra fresca, e até mesmo uma família, mas o que vejo é bem diferente do que eu sonho, sei que alguém de má fé irá me matar e que quando eu morrer ninguém há de se lembrar de um bom cão que da vida só queria desfrutar.
E.Vieira.G

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